A VIÚVA QUE CRIOU A INDÚSTRIA DO CHAMPAGNE
Barbe-Nicole – (1777-1866)
A imagem de Barbe-Nicole Clicquot Ponsardin, estampada nas tampas que fecham as garrafas de champanhe, é clássica no mundo do vinho. É um reconhecimento do trabalho de Barbe-Nicole, que ficou viúva aos 27 anos, e trouxe muitas revoluções na maneira de elaborar e vender os espumantes franceses, isso no início do século 19.
A mais conhecida de suas invenções é a mesa de remuage, uma das técnicas que revolucionou a maneira de elaborar este espumante e é utilizada até hoje. Barbe-Nicole criou uma mesa, hoje chamada de pupitre, que permite que, como movimentos circulares na garrafa, os sedimentos da segunda fermentação desçam para o topo da garrafa inclinada e sejam retirados. Isso foi em 1816 e tornou os champanhes mais claros, sem sedimentos.
Mas seis anos antes, em 1810, ela já tinha feito o primeiro champanhe vintage (elaborado com uvas de uma única safra) registrado na região. Dois anos depois, em 1818, ela criou o primeiro champanhe rosado, ao misturar vinhos tintos da propriedade na bebida.
Do lado comercial, é conhecida a história da venda de seu champanhe para a Rússia, inclusive durante as guerras Napoleônicas. O rótulo laranja é, inclusive, uma homenagem ao czar, já que esta era a sua cor oficial.
“O mundo está em movimento perpétuo e devemos inventar as coisas de amanhã. É preciso ir antes dos outros, ser determinado e exigente, e deixar sua inteligência direcionar sua vida. Aja com audácia.
1860, carta ao bisneto
Youtube